Transplante de medula faz desaparecer vírus da AIDS em dois pacientes
Um
transplante de medula fez desaparecer, pelo menos temporariamente, o
vírus da SIDA de dois pacientes, revelaram recentemente médicos
norte-americanos na conferência da International AIDS Society.
Os dois homens foram infetados há
mais de 30 anos e foram submetidos a transplante porque desenvolveram
linfoma. Na sequência deste procedimento cirúrgico, que envolve a
transferência de células medulares saudáveis de um dador, foi parado o
tratamento com antirretrovirais, tendo decorrido 7 e 15 semanas, respectivamente, sem que as análises sanguíneas acusem a presença do
vírus da imunodeficiência adquirida.
A medula constitui um reservatório de HIV e a BBC explica que a medula transplantada foi protegida da infecção pelas drogas antirretrovirais e, no organismo receptor terá atacado a medula infectada.
No entanto, e apesar de otimistas, os médicos são cautelosos quanto à aparente eliminação definitiva do vírus nos dois pacientes.
“É muito cedo para usar a palavra começada por «C» [cura]” afirma Timothy Heinrich, médico do Brigham and Women’s Hospital, onde os doentes estão a ser tratados. “Vamos precisar de acompanhar [os casos] durante mais tempo”
Já existe um caso de cura do HIV na sequência de um transplante. Com efeito, o vírus foi definitivamente eliminado do organismo de Timothy Brown depois de receber células da medula de um dador resistente ao HIV, algo raro.
“Este caso sugere que o que aconteceu com Timothy Brown, [que ficou conhecido como] «o paciente de Berlim», pode não ter sido caso único”, refere Michael Brady, diretor médico do Terrence Higgins Trust, à BBC.
Os dois pacientes vão continuar a ser seguidos no hospital norte-americano. “Se o vírus se mantiver ausente durante um ano ou mesmo dois depois de pararmos o tratamento, as hipóteses de que reapareça serão extremamente baixas”, afirma Timothy Heinrich”.
No entanto, mesmo que se confirme a eliminação definitiva do vírus, Terrence Higgins revela que o transplante de medula não é um tratamento que possa ser aplicado a todos os doentes com SIDA.
“Um transplante de medula é um procedimento complexo e caro, que envolve riscos significativos”, explica. “Para a maior parte das pessoas com HIV, seria mais perigoso ser submetido a um transplante do que controlar o vírus com medicação diária”.
Kevin Frost da Foundation for AIDS Research concorda, considerando que, ainda assim, seria um avanço importante “Embora o transplante de células estaminais não seja uma opção viável para pessoas com HIV a grande escala devido aos custos e complexidade, estes novos casos podem conduzir-nos a novas abordagens para tratar e, em última instância, até erradicar o HIV”.
Por outro lado, “Se [o vírus] voltar a aparecer, isso quer dizer que há outros reservatórios importantes [para além da medula] e serão necessárias novas abordagens de medição das reservas em locais relevantes para orientar o desenvolvimento de estratégias curativas”, afirmou Timothy Heinrich.
A medula constitui um reservatório de HIV e a BBC explica que a medula transplantada foi protegida da infecção pelas drogas antirretrovirais e, no organismo receptor terá atacado a medula infectada.
No entanto, e apesar de otimistas, os médicos são cautelosos quanto à aparente eliminação definitiva do vírus nos dois pacientes.
“É muito cedo para usar a palavra começada por «C» [cura]” afirma Timothy Heinrich, médico do Brigham and Women’s Hospital, onde os doentes estão a ser tratados. “Vamos precisar de acompanhar [os casos] durante mais tempo”
Já existe um caso de cura do HIV na sequência de um transplante. Com efeito, o vírus foi definitivamente eliminado do organismo de Timothy Brown depois de receber células da medula de um dador resistente ao HIV, algo raro.
“Este caso sugere que o que aconteceu com Timothy Brown, [que ficou conhecido como] «o paciente de Berlim», pode não ter sido caso único”, refere Michael Brady, diretor médico do Terrence Higgins Trust, à BBC.
Os dois pacientes vão continuar a ser seguidos no hospital norte-americano. “Se o vírus se mantiver ausente durante um ano ou mesmo dois depois de pararmos o tratamento, as hipóteses de que reapareça serão extremamente baixas”, afirma Timothy Heinrich”.
No entanto, mesmo que se confirme a eliminação definitiva do vírus, Terrence Higgins revela que o transplante de medula não é um tratamento que possa ser aplicado a todos os doentes com SIDA.
“Um transplante de medula é um procedimento complexo e caro, que envolve riscos significativos”, explica. “Para a maior parte das pessoas com HIV, seria mais perigoso ser submetido a um transplante do que controlar o vírus com medicação diária”.
Kevin Frost da Foundation for AIDS Research concorda, considerando que, ainda assim, seria um avanço importante “Embora o transplante de células estaminais não seja uma opção viável para pessoas com HIV a grande escala devido aos custos e complexidade, estes novos casos podem conduzir-nos a novas abordagens para tratar e, em última instância, até erradicar o HIV”.
Por outro lado, “Se [o vírus] voltar a aparecer, isso quer dizer que há outros reservatórios importantes [para além da medula] e serão necessárias novas abordagens de medição das reservas em locais relevantes para orientar o desenvolvimento de estratégias curativas”, afirmou Timothy Heinrich.
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