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22 de fev. de 2011

PEIXE EVOLUI PARA SOBREVIVER NO MEIO DE TOXINA

DA ASSOCIATED PRESS


A maioria das pessoas pensa que a evolução ocorre ao longo de centenas ou milhares de anos, mas não é o que aconteceu com um peixe dos Estados Unidos. Bastaram 50 anos para que a espécie, parecida com um pequeno bacalhau, evoluísse com o propósito de se tornar mais resistente às toxinas que poluem o rio Hudson.
"Estamos falando de uma evolução muito rápida", comenta o professor de medicina ambiental da Escola de Medicina da Universidade de New York, Isaac Wirgin.

Segundo Wirgin, autor de um estudo publicado na versão on-line da "["Science"]':http://www.sciencemag.org, a variação de um gene garantiu ao peixe uma resistência ao bifenilpoliclorado (PCB), substância tóxica e cancerígena.

O peixe se tornou capaz de acumular grandes quantidades da química industrial sem necessariamente morrer ou ficar doente.

O rio Hudson recebeu durante 30 anos altas doses de PCB --a substância foi identificada pela primeira vez nas suas águas em 1947-- e ainda continua sob processo de limpeza.

"A questão seguinte é como eles fazem isso", comenta Adria Elskus, especialista que estuda a resistência de peixes a PCBs, mercúrio e outras dioxinas.

Uma segunda pergunta, feita pelo cientista que realizou o estudo, é sobre a contaminação de PBC por outras espécies, já que o pequeno bacalhau serve de comida para peixes maiores. Isso significa que há transferência da toxina pela cadeia alimentar e possivelmente para o homem.

16 de fev. de 2011

Fumar maconha pode adiantar o aparecimento da esquizofrenia

GUILHERME GENESTRETI

Os resultados, divulgados no periódico médico "Archives of General Psychiatry", dão mais munição a pesquisadores que se opõem à liberação da substância ilícita.
No total, os pesquisadores das universidades de New South Wales, Austrália, e Emory, EUA, avaliaram dados de mais de 22 mil portadores de distúrbios psicóticos _sendo 8.167 deles usuários de maconha.
A doença aparecia em média 2,7 anos (cerca de 32 meses) antes entre quem consumia a erva do que nos membros do grupo-controle.
"Acredito que essa relação seja de causa e consequência, e a maconha tem um papel importante [no aparecimento precoce do transtorno] em certas pessoas", disse à Folha o psiquiatra australiano Matthew Large, um dos autores do estudo.
Uma hipótese é que pessoas com predisposição genética para esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha.
Nelas, os quadros psicóticos poderiam ser desencadeados pela alteração na concentração de neurotransmissores como dopamina e serotonina, causada pela droga, o que desregularia o funcionamento cerebral.
"Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia devem ser instruídas a jamais usar essa droga. Não dá pra arriscar", diz Hélio Elkis, coordenador do Projeto Esquizofrenia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo o psiquiatra, quanto mais cedo aparece a doença, pior o prognóstico. "Se surge na adolescência, o cérebro não teve tempo de se desenvolver completamente." Isso piora o deficit cognitivo, próprio do transtorno.

ANSIOLÍTICO
Mas para Marcelo Niel, psiquiatra do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, deve-se ter cuidado ao fazer a relação direta entre esquizofrenia e uso da cânabis.
"Em alguns pacientes com vulnerabilidade, isso pode acontecer, mas há fatores que devem ser considerados", ressalva.
Niel afirma que, como a esquizofrenia geralmente começa quando os indivíduos são adolescentes ou adultos jovens, pode ser que o consumo da substância esteja mais relacionado a um hábito do grupo social naquela idade do que a uma causalidade.
"E muitos pacientes esquizofrênicos começam a fumar maconha para aliviar os sintomas do estágio inicial da doença, como ansiedade e depressão", diz.
Matthew Large, o autor do estudo, sugere: "Jovens deveriam evitar o uso de maconha ou, mais precisamente, deveriam se conscientizar sobre os seus riscos.
Como informá-los disso já é outra história", completa.

Fonte: Folha de São Paulo (11/02/2011)

3 de fev. de 2011

Animal com mais genes já estudado, pulga d'água tem DNA sequenciado

Crustáceo minúsculo tem 31 mil genes, contra 23 mil da espécie humana.
Seu código genético pode ajudar a estudar efeitos da poluição ambiental.

A dáfnia, um tipo de crustáceo aquático minúsculo e translúcido que se reproduz por via assexuada e vive em lagos e lagoas tem mais genes do que qualquer outra criatura estudada e alguns deles, desconhecidos em outras espécies, podem ser adaptações a desequilíbrios ambientais, afirmam os cientistas que conseguiram sequenciar o genoma do animal.

Também conhecido como pulga-d'água, o crustáceo cujo nome científico é 'Daphnia pulex', inspirado na ninfa da mitologia grega que se transforma em árvore para escapar do apaixonado Apolo, tem 31 mil genes, enquanto os seres humanos têm cerca de 23 mil, destaca  estudo publicado na revista científica americana "Science".

Frequentemente estudada por cientistas interessados em compreender os efeitos da poluição e das mudanças climáticas em outras espécies, a quase microscópica dáfnia é o primeiro crustáceo a ter seu genoma decodificado.

Pulga dágua (Foto: Divulgação)A pulga d'água é o primeiro crustáceo a ter seu genoma sequenciado. (Foto: Jan Michels/Divulgação)

Mas só porque esta criatura - considerada um biomarcador dos mares do mundo - tem mais genes não significa necessariamente que sejam singulares, explicou o chefe do projeto, John Colbourne.

"O alto número de genes da dáfnia deve-se, em grande parte, a que seus genes se multiplicam, criando cópias a uma taxa mais elevada do que outras espécies", disse Colbourne, diretor de estudos genéticos do Centro de Genoma e Bioinformática da Universidade de Indiana em Bloomington.

A dáfnia tem um número mais elevado de genes inéditos, bem como grande parte dos mesmos genes encontrados em humanos e na maioria dos insetos e crustáceos conhecidos até agora pelos cientistas.
"Mais de um terço dos genes da dáfnia não estão registrados em qualquer outro organismo. Em outras palavras, são completamente novos para a ciência", declarou Don Gilbert, coautor e pesquisador do Departamento de Biologia da universidade americana.

Segundo o estudo, "estes genes únicos e antes desconhecidos estão implicados na resposta ao meio ambiente".

James Klaunig, professor de saúde ambiental da Universidade de Indiana, disse que o código genético da dáfnia ajudará os cientistas a estudar os efeitos da poluição ambiental em humanos.
"A pesquisa genética nas respostas dos animais ao estresse (no meio ambiente) tem implicações importantes para estimar os riscos ambientais aos humanos", explicou Klaunig.

"A dáfnia é dotada de um apurado sensor aquático, uma versão mais moderna e avançada daqueles canários utilizados nas minas para detectar vazamentos", acrescentou.

"Com o conhecimento deste código genético, os efeitos possíveis dos agentes ambientais em processos celulares ou moleculares podem ser analisados e vinculados a processos similares em humanos", emendou.

A pulga d'água pode ser encontrada em toda a América do Norte, na Europa e na Austrália.

O Consórcio do Genoma da Dáfnia, chefiado pelo departamento de Genética e Bioinformática da Universidade de Indiana em Bloomington e pelo Departamento americano de Energia em conjunto com o Instituto Genoma, incluiu mais de 450 cientistas em todo o mundo.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/02/animal-com-mais-genes-ja-estudado-pulga-dagua-tem-dna-sequenciado.html

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