Existem diversas teorias sobre a evolução da vida no planeta. A mais
aceita atualmente foi criada pelo naturalista inglês Charles Darwin, na
segunda metade do século XIX – a teoria da evolução pela seleção
natural. Ela nasceu das observações feitas por Darwin durante uma viagem
ao redor do mundo a bordo do navio Beagle. O jovem naturalista notou,
por exemplo, que havia 13 espécies de um mesmo pássaro habitando
diversas ilhas do arquipélago das Galápagos, no oceano Pacífico. Todas
as espécies eram muito parecidas, mas apresentavam alguma diferença
marcante no tamanho e no formato do bico. Darwin raciocinou que as aves
tivessem todas a mesma origem. Depois, algumas teriam migrado para
outras ilhas e desenvolvido as alterações anatômicas em resposta às
características dos diversos ambientes. Separados pelo mar, diferentes
grupos perpetuariam tais alterações pelas gerações seguintes.
Em 1859, quando Darwin publicou A Origem das Espécies, a ideia de que
os organismos sofrem transformações no decorrer do tempo já era um
conceito corrente entre os naturalistas. O que ele fez foi propor um
mecanismo inovador para a evolução – a seleção natural. Segundo Darwin,
as transformações de uma espécie começam por alguns indivíduos do grupo
que eventualmente nascem com alguma diferença anatômica ou fisiológica.
Se essa distinção facilitar a sobrevivência – seja na busca de
alimentos, seja na resistência a doenças ou a condições climáticas
adversas –, esses indivíduos diferenciados terão maior chance de
sobreviver e de se reproduzir. Assim, por exemplo, numa região rica em
sementes grandes e duras, sobrevivem os pássaros de bico grande e forte.
Isso é a seleção natural: o ambiente seleciona as características que
favorecem a sobrevivência de um ser vivo e as transformam em vantagem
evolutiva. Com o tempo, essas vantagens se reforçam de geração em
geração, até definir uma espécie nova.
Desde que foi proposta, a teoria de Darwin passou por várias
complementações. Darwin não falava em genes. Hoje, os geneticistas sabem
que as características de um indivíduo – o fenótipo – são resultado das
influências do ambiente e dos genes herdados dos pais.
Fonte: http://almanaque.abril.com.br/materia/teoria-da-evolucao
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